sexta-feira, 27 de junho de 2014

Transgénicos: porque devem ser proibidos!

Adaptado de Sustentabilidade é acção

 Imagem obtida no blogue Octopus

 
A entrevista da Doutora Margarida Silva, Professora na Escola de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, bióloga e perita em biotecnologia, esclarece os enormes perigos dos OGM (organismos geneticamente modificados ou transgénicos) para a saúde e para o ambiente.


Há mais de uma década que centenas e centenas de cientistas pedem a suspensão dos OGM em todo o mundo. Não apenas pelo princípio da precaução, mas porque as evidências da sua perigosidade para a biodiversidade, segurança alimentar, a saúde humana e animal começam a ser muitas.

 
"As patentes de formas de vida e processos vivos deveriam ser proibidas porque ameaçam a segurança alimentar, promovem a biopirataria dos conhecimentos indígenas e dos recursos genéticos, violam os direitos humanos básicos e a dignidade, o compromisso da saúde, impedem a pesquisa médica e científica e são contra o bem-estar dos animais.


Imagem obtida em Combate Racismo Ambiental
Os cultivos transgênicos não oferecem benefícios para os agricultores ou os consumidores. Em vez disso, trazem consigo muitos problemas que foram identificados e que incluem o aumento do uso de herbicidas, o desempenho errático e baixos rendimentos econômicos para os agricultores. Os cultivos transgênicos também intensificam o monopólio corporativo sobre os alimentos, o que está levando os agricultores familiares à miséria e impedindo a passagem para uma agricultura sustentável que garanta a segurança alimentar e a saúde no mundo."


  
Este texto foi extraído da Carta Aberta de 815 cientistas de 82 países a exigir a suspensão de OGM em todo o mundo (a declaração de cientistas do mundo data de 1999, foi sucedida pelo Relatório do Painel Ciência Independente de 2003, e pelo mais recente relatório Ban OGMs Now em 2013), que pode ler na íntegra nos links que se seguem

"Cientistas pedem a suspensão dos transgênicos em todo o mundo", Instituto Humanitas Unisinos, 12/6/2014, (tradução para português);
"Científicos piden que se suspenda el uso de transgénicos en todo el Mundo", Ecococas, 7/6/2014 (versão em espanhol);
"Open Letter from World Scientists to All Governments Concerning Genetically Modified Organisms (GMOs)", ISIS - Institute of Science in Society, 1/9/2000, (versão original em inglês).

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Interpretação de texto é destaque nas provas da UFRGS e no Enem


Rainha em português, ela também é cobrada em língua estrangeira. Para domar a interpretação de texto, o bom súdito deve manter foco no texto


Esconderijo dos famosos “pega-ratões”, as questões de interpretação de texto são um problema para muita gente nas provas de português do vestibular e do Enem. Há quem diga que não há questão capaz de iluminar mentes que sempre negaram a leitura, mas, hoje em dia, cursinhos pré-vestibular já entendem que é possível treinar o olhar sobre o texto, acostumá-lo a identificar a temática central proposta pelo autor e encontrar com clareza as respostas.

Entre posições destoantes sobre o tema, professores convergem ao afirmar que candidatos com histórico de interesse pelos livros e com hábito de leitura instigado pela família desde cedo largam na frente de quem só foi tocado pela literatura ao entrar no cursinho. Além de aprimorar a oratória, leitores fiéis estão mais familiarizados com a argumentação de autores e, portanto, mais preparados para as narrativas que podem encontrar pela frente. Mas há espaço para aprendizado mesmo entre os chamados “leitores hipertextuais”, acostumados a consumir textos acompanhados de imagens e infográficos na internet. Segundo o professor de português Ávila Oliveira, estes alunos são maioria em sala de aula.

– Este aluno, que traz menos bagagem de leitura, vai ter de fazer muitos testes, mas tem de buscar testes comentados, muitas provas da UFRGS. Não adianta apenas olhar o gabarito, porque ele precisa saber não só se acertou ou errou, mas por que acertou e por que errou – relata Oliveira.

Exercícios de interpretação de texto talvez não estimulem o vestibulando a tornar-se um leitor subitamente, mas podem condicioná-lo a identificar rapidamente uma alternativa esdrúxula. As armadilhas estão nas alternativas que dizem respeito a uma realidade, parecem factíveis, mas não estão de acordo com a argumentação do escritor ou tampouco são citadas no trecho selecionado.

– É preciso identificar o ponto de vista, a ideia central que o autor do texto está defendendo – aconselha Paulo Ricardo Machado, que leciona português no Grupo Unificado.

Espanhol e inglês


terça-feira, 24 de junho de 2014

Entrevista com Leopoldo de Meis, Professor e pesquisador na UFRJ





Leopoldo de Meis não é conhecido nacional e internacionalmente apenas por suas pesquisas na área de Bioquímica, mas também pelo seu esforço persistente em tornar a ciência algo compreensível para o público leigo. Médico formado pela Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ), professor titular de Bioquímica no Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, nasceu em 1938 na cidade de Suez, no Egito, passou os primeiros meses de sua vida no Cairo, a infância em Nápoles, na Itália, e aportou no Brasil com sua família em 1947. De Meis é um dos mais importantes divulgadores da ciência no Brasil. Ele iniciou essa trajetória na década de 50, quando escrevia um suplemento dominical chamado Ciência para o Jornal do Commércio. Na década de 80 criou o projeto Ciência e Arte, que une artistas e cientistas até hoje com o objetivo de estimular o aprendizado de ciência entre jovens estudantes. O primeiro trabalho desenvolvido no âmbito desse projeto foi o livro em quadrinhos O Método Científico, em formato de gibi, que conta a história da ciência e o surgimento do método científico. Depois lançou A Respiração e a 1ª Lei da Termodinâmica ou... A Alma da Matéria, onde percorre a trajetória de filósofos e cientistas em busca de leis capazes de explicar a natureza. O Projeto também lançou os vídeos A Mitocôndria em Três Atos, que detalha o funcionamento da organela, A Explosão do Saber, sobre a expansão do conhecimento, e A Contração Muscular, que trata deste mecanismo orgânico. Ele concedeu a seguinte entrevista para a Aba Popularização da Ciência do CNPq:

Como surgiu seu interesse pela ciência?

Assistindo a uma palestra do Dr. Walter Oswaldo Cruz Filho. Todos os anos fazíamos uma reunião entre estudantes do Rio e São Paulo - a semana de debates científicos -, quando eram selecionados alguns trabalhos para uma reunião mais ampla, com estudantes do Brasil inteiro. Numa dessas reuniões o palestrante foi Oswaldo Cruz, em 1966. Depois da palestra ele anunciou que havia três vagas para Princípios da Iniciação Científica em seu laboratório em Manguinhos, no Rio de Janeiro, e quem quisesse poderia se inscrever. Ele marcou as entrevistas em sua própria casa e, quando cheguei lá, fiquei espantado com a quantidade de candidatos. Todos pensávamos que teríamos que fazer uma prova sobre Hematologia, sua especialidade. Estudei muito, não porque estava interessado em fazer ciência, mas porque vivia numa penúria danada e o salário que ele oferecia era uma fortuna para mim: 3 contos, o equivalente hoje a 300 dólares.

E a prova, como foi?

Ele não perguntou nada sobre Hematologia, não estava nada interessado em nossa vida acadêmica. Ficava mostrando cartoons e piadinhas da revista norte americana The New Yorker e nos inquiria sobre a essência do humor nos quadrinhos. Depois, gentilmente nos dispensou avisando que chamaria os selecionados na primeira etapa. Passou um tempo e ele telefonou para mim e a outros quatro candidatos para um segundo teste, mas agora no laboratório. Vibrei, pois era um dos selecionados. O laboratório possuía uns equipamentos muito complicados e perguntava para que eles serviam. Em vez se tentar adivinhar, declarei que não sabia. Para meu espanto ele balançava a cabeça em sinal de aprovação e pedia para fazer um esforço de imaginação, o que me obrigava a buscar um papel hipotético para a geringonça . Tinha clareza naquele teste que estava mais interessado nos 3 contos de salário do que na ciência. Coisa mesquinha. Pois na verdade, achava que queria ser cirurgião.

E por que o senhor não seguiu a carreira de cirurgião?

Arrumei um estágio no 1º ano em uma enfermaria de cirurgia e em um ano cheguei a ser o segundo auxiliar do cirurgião. Em pouco tempo tinha evoluído bem no aprendizado, mas para meu horror, descobri que ficava com sono durante a cirurgia. Não tinha vocação por aquela linda especialidade médica. Desisti disso porque seria um perigo para os pacientes. Depois fui fazer clínica, ainda como estudante, e tornei a ficar com sono. O sono só sumia quando trabalhava com o Dr. Walter. Depois de cinco anos ele me obrigou a decidir se ia ou não ser pesquisador. Respondi na hora que sim, queria ser pesquisador. O fator decisivo foi o sono que vinha abruptamente na busca de minha possível vocação e lá, no laboratório do Dr. Walter, não tinha sono. Em retrospecto, lembrando o teste de seleção inicial, me parecia que para Dr. Walter fazer ciência eram necessárias umas boas doses de bom humor (o teste dos quadrinhos do New Yorker), e de intuição, para descobrir como funcionava seu equipamento. Com o passar do tempo, passei a concordar com a visão de ciência de meu mestre.

E a divulgação científica, quando teve início?

No fim de 1958, um grupo de cientistas conseguiu um espaço amplo no Jornal do Comercio (1 página inteira) publicada regularmente aos domingos. O resultado desta paródia foi que a bola caiu no nosso colo. Walter chamou em seu gabinete a mim e outro colega, Peter Von Dietich, e com um tom que não aceitava recusa informou "meninos, agora, alem de pesquisadores, vão ser também jornalistas. Tratem de produzir uma página por semana sobre ciência para o Jornal do Commercio". Naquela época o jornal tinha uma boa circulação. Fomos nos apresentar ao chefe do Jornal do Comercio que nos recebeu com uma boa dose de irritação. Não havia espaço para nos acomodar, mas nas 5a feiras tínhamos que lhe entregar a matéria e ir na impressão para conferir a paginação.

O senhor considera que Walter Oswaldo Cruz Filho foi seu incentivador na divulgação científica?

Claro, veja a criação da página do Jornal do Commercio.

O senhor criou um projeto chamado Ciência e Arte. Como surgiu esta idéia?

Coisas estranhas que acontecem com a gente. Já era professor e pesquisador e tinha até carro. Não era de luxo, mas era mais ou menos confortável. Classe média típica. Havia muitos pivetes nas ruas do Rio de Janeiro e todos ficavam assustados quando viam algum por perto. Um dia, parado num semáforo, um deles fazia arte jogando bolinhas para o alto. Mas, antes da apresentação, se preocupou em levantar a camisa para mostrar que não portava armas, no caso gilete que pudesse cortar, machucar. Durante muitos anos sempre fechava a janela do carro ao parar no semáforo, mas naquele dia algo aconteceu comigo, alguma coisa como uma tomada de consciência repentina. Afinal, o que eu estava fazendo era fechar a janela para os meninos pobres do Rio de Janeiro.

O senhor estava sozinho no carro?

Não, estava com minha esposa e comentei com ela logo que arranquei que aquela minha postura era desumana, no que ela concordou. De repente me dei conta de que por muitos anos fechava os vidros do carro com medo de nossas crianças pobre. Foi naquele momento que decidi fazer alguma coisa em prol daqueles meninos.

Alguma idéia já surgia em sua mente?

Não idéias, mas obsessão. Tinha que fazer algo para aquele drama que só então me dei conta. Tornou-se importante para mim pelos menos aliviar aquela sensação horrível de culpa que só então me tinha dado conta. Ficou clara que tinha que ser algo que eu sei fazer em um grau aceitável, isto é, Ciência e dar aulas não convencionais.

Ir onde estava o problema, ou seja, nas favelas, não era uma boa opção?

Ir para as favelas e pregar não eram do meu feitio, era preciso fazer alguma coisa de prático. Tinha que fazer uma coisa que soubesse fazer bem, ou seja, ensinar e pesquisar. Decidi então, junto com meus estudantes de pós-graduação, fazer um curso experimental para meninos de baixa renda. Escolhíamos um tema como por exemplo a fotossíntese. As turmas tinham cerca de 30 alunos cada. Os atores principais eram os próprios jovens que tinham que embolar e realizar experimentos. 

E hoje, qual o estágio da ciência brasileira?

A nossa ciência já pode ser considerada de 1º mundo, somos muito menos que os Estados Unidos e Japão, mas não somos mais minoria em número de cientistas. A ciência brasileira hoje é respeitada em todo o mundo e ocupamos a 12ª ou 13ª posição no ranking de produção científica. Mas na educação, não, estamos na rabeira. Esse ainda é um dos nossos problemas. Nossa posição no ranking internacional de educação, nos comparamos talvez com a república dos Camarões. Alguns fazem ciência, muitos educam, mas a educação que dão é incompetente e por isso não conseguimos nos classificar como bons educadores.

Mas, voltando ao assunto do projeto Ciência e Arte...

Criei um curso, juntamente com estudantes de pós-graduação, nas séries escolares. Cada um de nós ia para as escolas explicar o que era o curso, que nós pagaríamos a alimentação e o transporte. Esperávamos uma meia dúzia de interessados, mas para a nossa surpresa veio uma avalanche de estudantes afirmando que queriam fazer o curso. Formamos grupos de 30 alunos e ministrávamos o curso nas férias escolares, durante uma semana, nos laboratórios de pesquisa da Universidade do Brasil, hoje UFRJ. Eles ficavam impressionados, colocavam a melhor roupa que tinham porque, afinal, iriam para a universidade.

Como eram esses cursos?

Eles chegavam ao laboratório com lápis e papel pensando que iriam assistir a uma aula, mas não havia aula alguma. Escolhíamos um tema, por exemplo, fotossíntese. Iniciávamos dando uma aula trote, ou seja, uma alua fictícia, ensinando tudo errado. Depois sugeríamos que não acreditassem em tudo que ouvissem porque isso não significava que os locutores eram bons no que estavam falando. O objetivo era mostrar a eles que alguém falar bem, de voz alta, não significa que esteja transmitindo conhecimentos corretos. Depois dividíamos os alunos em grupos e os estimulávamos a descobrir algum aspecto fotossíntese. Os jovens meninos (15 a 20 anos de idade) se mobilizavam. Iam ao jardim, colhiam algumas plantas, colocava em frente a luzes de cores diferentes, faziam o que quisessem para descobrir o que é fotossíntese. Os monitores ficavam apenas orientando onde estava o equipamento que pediam. Ao final do curso, sempre convidávamos algum cientista para falar sobre o tema que estudaram, e os alunos, que já conheciam o mínimo do assunto, faziam perguntas bem interessantes.

Esses alunos, depois do curso, manifestavam algum interesse em continuar fazendo pesquisas?

Sim, muitos deles. Diante do interesse manifestado, acabei por criar vagas de assistente de pesquisa para eles trabalharem com estudantes de pós-graduação. Eles eram entrevistados e os selecionados ganhavam uma bolsa equivalente ao que eu ganhava quando era assistente de Walter Oswaldo Cruz. Iam dois dias por semana aos laboratórios da universidade e muitos deles se tornaram cientistas. Com essa iniciativa acabávamos matando dois coelhos com uma só cajadada: o estudante de pós-graduação aprendia com o assistente o que era o outro lado da vida, a vida dele na favela, enfim, uma sociedade que ele não conhecia; do outro lado, o pós-graduando mostrava ao menino o que era ciência e também o ajudava em suas dificuldades nas tarefas escolares. Só no meu laboratório, desses jovens carentes assistentes que passaram por essa experiência, mais de 60 se tornaram mestres, doutores e professores universitários, o que é muito recompensador e comovente.

Essa iniciativa se espalhou para outras instituições?

Sim. O professor Vargas, da Universidade de Minas Gerais e funcionário do Banco do Brasil, soube do trabalho que realizávamos e nos ofereceu dinheiro - pouco é verdade - para que difundíssemos o projeto em outras unidades do ICB - Instituto de Ciências Biológicas. Cerca de 8 ou 10 grupos ficaram interessados, um deles coordenado pelo cientista Roberto Lent, e que continua até hoje desenvolvendo atividades de divulgação científica. Quando o dinheiro acabou, nenhum grupo deu continuidade às atividades, exceto o grupo de Lent.

O senhor não conseguiu outra fonte de financiamento para dar continuidade ao projeto?

Depois disso, apareceu o "Vita", um órgão internacional que financiava artes, ciências, educação e junto com o Prof. Paulo Arruda e outros fomos bater à porta da fundação e fomos muito bem recebidos e contemplados com uma quantia substancial de dinheiro.

Essa parceria durou até quando?

Tempos depois fomos chamados à Fundação e fiquei surpreso com a notícia de que a instituição estava encerrando suas atividades no Rio de Janeiro e que tinha que gastar em curto espaço de tempo todo seu orçamento em projetos que obtiveram sucesso na época. Perguntaram a mim e ao Paulo se estávamos disposto a ampliar o programa e ficamos espantados porque também nos perguntaram: "quanto os senhores querem para formar mais 10 grupos? " Ficamos atônitos. No meu caso nunca ninguém me perguntou quanto que eu queria. O normal era perguntar quanto o mínimo eu precisava. Pensei um pouco e disse de chofre que precisaríamos de 1 milhão, sem acreditar no que tinha falado. Mas a resposta foi positiva e mais ainda, pagaram tudo que pedimos. Assim, foram formados mais 10 grupos pelo país. Hoje, há uma rede com mais de 40 laboratórios trabalhando em todos os estados brasileiros, que se reúnem anualmente para discutir idéias e projetos.



sábado, 21 de junho de 2014

Vídeo: Uma verdade inconveniente


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Parto de uma mamãe golfinho!





A gestação dura normalmente cerca de 12 meses, e enquanto o acasalamento pode acontecer durante o ano todo, o ápice reprodutório varia por região. À medida que a mãe dá à luz, o bebê sai com a cauda primeiro, para que o bebê não se afogue. Assim que a cabeça do bebê sai do canal reprodutor, ele vai direto para a superfície para a sua primeira respiração. Jovens golfinhos Nariz-de-garrafa são amamentados durante os primeiros 18 meses de vida, mas podem permanecer com suas mães por até 6 anos para aprenderem a caçar.



A mãe, na hora do parto, geralmente se afasta do grupo para ter o filhote sozinha, mas às vezes uma outra fêmea pode estar presente e agir como uma parteira e ajudar. Este é geralmente o único outro golfinho que a mãe vai permitir estar perto de sua cria.



Traduzido de: http://goo.gl/MKXmEo por meu amigo Jorge Arcenio
IFLScience

terça-feira, 17 de junho de 2014

Acre deve levar três anos para se recuperar da cheia do Madeira

Extraído de Porta do Purus

Governo estima R$ 203 milhões em perdas.
Chefe da Casa Civil participa de entrevista no BDA e G1 nesta sexta-feira (4).


Acre deve levar três anos para se recuperar da cheia do MadeiraTrês anos. Esse é o prazo mínimo que a chefe da Casa Civil do Estado, Márcia Regina, diz ter sido dado pela Federação do Comércio (Fecomércio) para que o Acre possa se recuperar dos prejuízos causados pela cheia do Rio Madeira, em Rondônia. O aumento histórico no nível das águas do manancial acabou comprometendo o transporte de cargas e insumos para o estado através da BR-364 provocando uma crise no abastecimento do estado.

Nesta sexta-feira (4), Márcia Regina, participará de um chat ao vivo no G1, após o telejornal Bom Dia Amazônia - edição das 7h30. No programa, serão abordados os impactos causados ao Acre pela cheia do Rio Madeira e as ações tomadas pelo governo do estado para amenizar os efeitos e contornar a situação. Os internautas podem enviar os questionamentos por meio de comentários nesta matéria ou pelo e-mail: g1.ac@redeamazonica.com.br.

 "Numa conversa que o governador Tião Viana teve com a Secretaria da Fazenda houve estimativa de perdas em R$ 203 milhões. Hoje nós recebemos um comunicado da Fecomércio que estima um impacto muito forte na economia, pois, somente em março houve uma redução de 75% do ICMS por conta de não ter circulação de mercadoria. Então a Fecomércio estima uma recuperação dessa crise nos próximos três anos, sem falar no impacto que isso deve gerar”, conta.

'Operação de guerra'
Vivendo há quase dois meses no que ela considera uma rotina de operação de guerra, a chefe da Casa Civil diz que a perspectiva é que a situação permaneça crítica por pelo menos mais quatro semanas.

“O Madeira vai começar a baixar na segunda semana de abril, de acordo com a previsão da Agência Nacional de Águas (ANA), mas ele não vaza do dia para a noite. Ele tem um processo de baixar suas águas e além desse processo a gente não sabe como a estrada vai estar”, comenta.

Márcia conta que desde o dia 10 de fevereiro o governo do estado começou a monitorar a situação do Rio Madeira. Ao ser informado, no dia 17 do mesmo mês, da possibilidade do rio ultrapassar os 19 metros, ele começou a se reunir com o setor comercial para tentar amenizar os efeitos de um, até então, provável isolamento por via terrestre.

 “O governador de uma forma muito rápida, convocou os distribuidores, donos de supermercados, através das associações e a partir daí começamos a monitorar estoques de gás, combustível, mas a situação foi se agravando. No dia 25 ele decretou situação de emergência em questão de abastecimento porque a BR é a única via rodoviária que liga o Acre ao Brasil”, lembra.

Segundo ela, atualmente o governo acreano mantém mais de 30 equipamentos e uma equipe no estado de Rondônia para tentar garantir o tráfego desde a cidade de Palmeiral (RO). As ações vão desde a contratação de uma balsa a utilização de caminhões pranchas para arrastarem os veículos que precisam atravessar e até mesmo a limpeza da pista.
“O governo do Acre contratou uma balsa de Palmeiral (RO) para Mutum (RO) o que permitiu que a Usina de Jirau pudesse fazer uma balsa em Jaci-Paraná (RO)”, conta.

Desabastecimento
Com a travessia do Madeira cada vez mais difícil a população acreana encontrou, durante o mês de março, dificuldade para adquirir alguns itens da cesta básica, além de gás e combustível, o que levou alguns motoristas a correrem para os postos de combustíveis para tentar suprir suas necessidades.

Márcia Regina ressalta que o governo está buscando alternativas para garantir que os problemas não tornem a ocorrer.

“Começamos a buscar apoio de importação do Peru, de hortifrutigranjeiros ao trigo. Tudo que o Peru poderia nos fornecer de importação. Tivemos apoio do Ministério da Agricultura, que estabeleceu uma normatização específica para a importação do tomate, que possuía uma restrição. Conseguimos uma liberação da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] para que caminhões brasileiros pudessem ingressar no território peruano e buscar essas mercadorias. Começamos a usar balsas que vieram tanto de Porto velho (RO), como de Manaus (AM) para assegurarmos tanto o abastecimento de gás como de combustíveis”, elenca.

 Outra medida para garantir que não falte novamente combustível deve ser a importação do produto do Peru. “O governador com a Presidência da República conseguiram fazer a importação de gasolina do Peru e essa gasolina já está em fase final de trânsito de importação. E vamos começar a carregar a gasolina nesta quinta-feira (3), são cinco milhões de litros a mais que virão. Tudo isso porque estamos passando pelo mais grave acidente ambiental que se tem notícia”, enfatiza.

Uma rota para levar alimentos ao Acre saindo do Paraná passando pela Argentina, Chile e Peru até entrar novamente no Brasil por Assis Brasil (AC) também está prevista. No entanto, o terremoto ocorrido no Chile acabou causando atrasos no cronograma.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Reino Unido quer fortalecer pesquisa e desenvolvimento na Amazônia



Reino Unido quer fortalecer pesquisa e desenvolvimento na AmazôniaO mundo está de olho na Amazônia, enquanto nós...

extraído de Portal dos Purus









MANAUS – “A bioeconomia é importante para o Amazonas, para a Amazônia e para o Brasil. A ideia é identificar oportunidades para juntar esforços dos dois países com o objetivo de fortalecer a ciência e atrair o desenvolvimento e a conservação da biodiversidade e com mais conhecimento sobre ela”, declarou o botânico William Millikem, coordenador dos Reais Jardins Botânicos de Kew, um dos organizadores do Workshop Brasil-Reino Unido de Biodiveridade e Bioeconomia.

O evento, que iniciou nesta terça-feira (3) e prossegue até sexta-feira (6), no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), é uma reunião entre representantes de várias instituições brasileiras e britânicas para discutir a colaboração na área de diversidade e bioeconomia no Brasil.

De acordo com Millikem, o workshop é também uma colaboração científica de pesquisa, que inclui, dentre outras ações, projetos de capacitação de estudantes e pesquisadores dos dois países, e também projetos de inovação com o setor privado. O encontro servirá ainda para identificar prioridades, assim como começar a formular propostas de projetos de colaboração entre os dois países na área de diversidade e bioeconomia.

Na opinião de Millikem, para o uso sustentável dos recursos que a floresta oferece é preciso equilíbrio entre utilização e conservação desses recursos, hoje um dos maiores desafios da região. Ele diz que há muitas plantas ainda por ser exploradas em termos alimentícios e usos medicinais. Segundo ele, o apoio que a floresta oferece ao meio ambiente, definido pelo botânico como “serviços de ecossistema”, depende da biodiversidade. “A saúde humana depende da biodiversidade aqui na Amazônia, portanto não é só identificar produtos que podem ser comercializados ou utilizados, mas, também, entender melhor como manter o meio ambiente para a saúde e o bem estar da população”.

domingo, 15 de junho de 2014

Brasil necessita impulsionar economia pró-floresta

Extraído e traduzido de Nature News & comment

Por Carlos Nobre - Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil

O desmatamento da Amazônia deve parar: quando florestas são derrubadas para a agricultura, pecuária e exploração madeireira, o dano é sentido ambientalmente, economicamente e socialmente. Mas simplesmente reduzir o desmatamento não é suficiente: as estratégias de desenvolvimento sustentável também deve melhorar o bem-estar para as comunidades locais.

Infelizmente, a economia global coloca um prêmio maior em carne e soja do que em florestas. A criação de um novo modelo econômico para a floresta amazônica, portanto, deve tomar sofrer duas transformações; ambas exigem ciência.

Uma estratégia é agregar valor aos produtos colhidos localmente. Um bom exemplo de uma bioindústria é o fruto do açaí Euterpe oleracea da palmeira que cresce na Amazônia. Até cerca de 20 anos atrás, as bagas escuras eram um dos principais alimentos consumidos apenas pela população local. Hoje, o açaí é utilizado em produtos, incluindo alimentos, suplementos nutricionais, cosméticos, tinturas e óleos industriais ao redor do mundo. Produção de celulose anual superior a 200 mil toneladas, e contribui com mais de EUA $ 2 bilhões para a economia do Brasil, perdendo apenas para a carne bovina e madeira tropical.

Produtores de açaí locais podem fazer mais de US $ 1.000 por hectare de lucro anual, 5-10 vezes mais do que a partir de soja e pelo menos 15 vezes mais do que de gado. A Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - usou açaí para produzir um corante para placa bacteriana que já está pronto para uso comercial em creme dental e enxaguantes bucais.

Mais pesquisas são necessárias para identificar usos para produtos naturais novos ou conhecidos, e para aumentar a produção. Em uma ou duas décadas, deverá viabilizar o aumento da exploração de dezenas de produtos florestais.

A segunda estratégia é fazer melhor uso das grandes áreas de floresta já desmatadas - estimado em mais de 750 mil quilômetros quadrados na Amazônia brasileira - para reduzir a necessidade de desmatar ainda mais. Um programa nacional de Agricultura com baixa emissão de carbono (ABC) visa mais do que o dobro de ocupação de gado por hectare, dentro de uma década. A pesquisa de campo realizada pela Embrapa e a empresa brasileira de cosméticos Natura mostrou que as plantações de óleo de palma em pequenas propriedades pode ser integrado com outras culturas, tais como fixadores de nitrogênio, para obter rendimentos comparáveis aos de plantações em grande escala.

Ambas estas transformações exigem educar as populações rurais e urbanas a mudar seus caminhos. Programas técnicos para aumentar a produtividade agrícola deve atingir centenas de milhares de agricultores. Populações tradicionais isoladas vão precisar de ajuda para segar valor da colheita e venda de produtos da biodiversidade. Além disso, vai contar com a comunicação moderna - um novo satélite de telecomunicações de propriedade do governo está definido para iniciar as operações em 2016 para levar internet de alta velocidade para comunidades da Amazônia.

sábado, 14 de junho de 2014

Pesquisa Científica na América do Sul é tema de série de reportagens na NATURE

Essa semana na revista científica NATURE, a América do Sul foi apreciada com uma série de reportagens sobre sua participação em produção científica no mundo e, com suas dimensões continentais, nosso país foi um destaque.
 
"Como o céu da noite, a visão geral da ciência na América do Sul pode parecer muito escura. O Brasil é o único país do continente que gasta mais do que 1% do seu PIB em pesquisa e desenvolvimento, e até mesmo o seu investimento fica muito abaixo do que outros países de meios semelhantes estão plantando em ciência. Mas dê uma olhada minuciosa no empreendimento científico do continente, e pontos brilhantes a emergir. No início da Copa do Mundo da FIFA no Brasil, com bilhões de pessoas olhando para a América do Sul, Nature examina uma parte do mundo que passou por muito tempo à margem da ciência."
(tradução minha)
 
Veja texto original (em inglês) no site da revista


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Fiscalização das contas públicas





Quer ser um cidadão mais participativo? Quer saber pra onde vai o seu dinheiro? O portal Transparência Brasil disponibiliza um informativo via mala direta (e-mail) com informações sobre repasses de verbas federais às prefeituras. É só se cadastrar no sitehttp://www.portaltransparencia.gov.br/convenios/ConveniosFormulario.aspVocê pode receber informações de quantas prefeituras quiser. Veja um exemplo:



quarta-feira, 11 de junho de 2014

Uma análise sobre o que cai no ENEM (Biologia)

 Prof. Paulo Jubilut




Saber o que se costuma perguntar em uma prova é uma mão na roda na hora de estudar. Cada prova tem um estilo e, geralmente, existem questões e temas que sempre estão presentes. Ontem abriram as inscrições para a maior esperança de milhões de estudantes para estudar em uma Universidade de qualidade, o ENEM. Por isso preparamos esta análise sobre o que mais cai no ENEM, desde que ele começou a ser realizado, em 1998.


A prova do ENEM sofreu grandes mudanças ao longo destes anos. A primeira versão do ENEM continha apenas 63 questões e uma redação e não era utilizada para o ingresso nas Universidades. Foi em 2009 que o ENEM ganhou a cara que ele tem atualmente.


Nestes 15 anos da realização do Exame Nacional do Ensino Médio foram ao todo 196 questões relacionadas com Biologia. Devemos lembrar que o ENEM busca uma visão interdisciplinar e Biologia está dentro da grande área das Ciências Naturais, junto com Química e Física, portanto, sempre leve em consideração estas outras duas disciplinas para estudar para o ENEM.


Você já deve estar ansioso, então vamos pra o "top cinco" dos temas que mais caem no ENEM em Biologia! PRE-PA-RA:





1) Ecologia (42%)


2) Genética (11%)


3) Evolução e Origem da Vida (11%)


4) Fisiologia (10%)


5) Parasitologia (8%)





Ecologia é o carro chefe nas provas do ENEM. É o tema que mais relaciona conteúdos dentro da Biologia. Porém, o enfoque da prova não está tão relacionado com a relação entre os seres vivos na prova Nacional. A maioria das questões de Ecologia no ENEM são sobre preservação ambiental e poluição. O redatores do ENEM adoram explorar temas da atualidade. Uma dica valiosa é ficar ligado nas notícias sobre problemas ambientais. Fique atualizado lendo jornais, sites e revistas para complementar os estudos em Ecologia.


Outro tema que tem tudo a ver com atualidades é a Genética. Por isso a segunda posição é dela. DNA, Projeto Genoma, transgenia, mutações... Fique ligado em tudo isso! Ter na ponta da língua as características, funções e processos desencadeados sobre a molécula da vida é muito importante. Afinal, é a partir do DNA que toda a vida acontece.


Assim como o DNA, outro tema que é base para tudo na Biologia é a Evolução. E ela está em terceiro lugar no ranking dos temas mais recorrentes no ENEM. Saber sobre Evolução, assim como DNA, é essencial para entender a Biologia em um sentido amplo e esta é a característica da prova do ENEM.


Fechando o "top cinco" está a Fisiologia e Parasitologia. Não se concentre em ciclos ou na decoreba. O ENEM pede o relacionamento dos temas com a realidade que cada estudante vive. Aqui, o essencial é saber sobre os aspectos do corpo humano com a saúde, alimentação, doenças, etc. A prova explora um lado mais abrangente da Fisiologia Humana e das doenças causadas por parasitas.


Adaptado de Biologia Total

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Relatório da CIA: O mundo em 2030

O relatório da CIA

O mundo em 2030

por Ignacio Ramonet

De quatro em quatro anos, no início de cada novo mandato presidencial nos Estados Unidos, o National Intelligence Council (NIC), organismo de análise e de antecipação geopolítica e económica da Central Intelligence Agency (CIA), publica um relatório que automaticamente se torna uma referência fundamental para as embaixadas de todo o mundo. Apesar de conter, como é óbvio, uma visão muito parcial (a de Washington) produzida por uma agência (a CIA) cuja principal missão é defender os interesses dos Estados Unidos, o relatório estratégico do NIC tem um indiscutível interesse, que resulta da partilha – revista por todas as agências de informações norte-americanas – de estudos elaborados por especialistas independentes de várias universidades, em diferentes países e regiões (Europa, China, Índia, África, América Latina, mundo muçulmano-árabe, etc.).

O documento confidencial que o presidente Barack Obama encontrou no seu escritório da Casa Branca a 21 de Fevereiro último, quando iniciou o seu segundo mandato, acaba de ser publicado com o título Global Trends 2030. Alternative Worlds (Tendências globais para 2030. Mundos alternativos) [1]. Que diz este documento?

A sua principal constatação é o declínio do Ocidente. Pela primeira vez desde o século XVI, os países ocidentais perdem poder perante a ascensão das novas potências emergentes. Começa a fase final de um ciclo de cinco séculos de dominação ocidental do mundo. Os Estados Unidos continuarão a ser uma das principais potências planetárias, mas perderão a sua hegemonia económica em benefício da China e deixarão de exercer a «hegemonia militar solitária» que os caracteriza desde o fim da Guerra Fria (em 1989). Caminhamos para um mundo multipolar em que novos actores (China, Índia, Brasil, Rússia, África do Sul) estão vocacionados para constituir sólidos pólos regionais e para disputar a supremacia internacional a Washington e aos seus aliados históricos (Reino Unido, França, Alemanha, Japão). Para se ter uma ideia da importância e da rapidez da desclassificação ocidental que se anuncia, basta sublinhar estes números: a parte que cabe aos países ocidentais na economia mundial passará dos actuais 56% para 25% em 2030… Em menos de vinte anos, o Ocidente vai perder mais de metade da sua preponderância económica. Uma das principais consequências disto é que os Estados Unidos e os seus aliados provavelmente deixarão de ter meios financeiros para assumir o papel de polícias do mundo. De modo que esta mudança estrutural, agravada pela profunda crise económica actual, pode ter sucesso naquilo em que a União Soviética e a Al-Qaeda falharam, isto é, no enfraquecimento duradouro do Ocidente.

Segundo este relatório da CIA, a crise na Europa vai durar pelo menos uma década, ou seja, até 2023… Também segundo este estudo, não é certo que a União Europeia consiga manter a sua coesão. Enquanto isso, a emergência da China confirma-a como segunda economia mundial, que em breve se tornará a primeira. Simultaneamente, os outros países do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul) instalam-se numa segunda linha e entram em concorrência directa com os antigos impérios dominantes do grupo JAFRU (Japão, Alemanha, França e Reino Unido). Na terceira linha aparecem agora várias potências intermédias com demografias em alta e fortes taxas de crescimento económico, chamadas a tornarem-se, também elas, pólos hegemónicos regionais e com tendência para se constituírem como grupo de influência mundial – o CINETV (Colômbia, Indonésia, Nigéria, Etiópia, Turquia, Vietname).

Até 2030, no novo sistema internacional, algumas das maiores colectividades mundiais já não serão, contudo, países mas comunidades reunidas e ligadas entre si pela Internet e pelas redes sociais. Por exemplo, a «Facebooklândia» terá mais de mil milhões de utilizadores e a «Twitterlândia» mais de 800 milhões. A sua influência no jogo dos tronos da política mundial pode vir a ser decisiva. As estruturas de poder vão disseminar-se devido ao acesso universal à Internet e à utilização de novas ferramentas digitais.

A este respeito, o relatório da CIA anuncia o aparecimento de tensões entre os cidadãos e certos governos, tensões essas que vários sociólogos classificam como «pós-políticas» ou «pós-democráticas». Por um lado, a generalização do acesso à Internet e a universalização do uso das novas tecnologias vão permitir que os cidadãos alarguem o campo das suas liberdades e que desafiem os seus representantes políticos (como aconteceu nas «Primaveras árabes» ou na crise dos «indignados»). Mas, ao mesmo tempo, segundo os autores do relatório, estas mesmas ferramentas digitais vão dar aos governos «uma capacidade sem precedentes de vigiar os seus cidadãos» [2].

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Construção da identidade nacional


Por Ciência Hoje
O que nos define como brasileiros? Qual a origem dos adjetivos que ajudam a nos caracterizar e a nos diferenciar dos demais povos? E como essas expressões ajudaram a moldar a nação que somos hoje? São essas as questões que movem a série ‘Brasil no Olhar dos Viajantes’, produzida pela TV Senado. O objetivo da série é refletir sobre a construção da nossa identidade nacional a partir dos relatos feitos por estrangeiros, desde o descobrimento até as grandes expedições científicas e o registro dos naturalistas do século 19.

No próximo sábado, às 21h30, vai ao ar o quarto e último episódio, poucos dias antes do início da Copa do Mundo, quando nosso país estará apinhado de turistas de todas as partes, com as possibilidades de revisitar e começar a reescrever antigos estereótipos.

As três primeiras partes da série especial podem ser assistidas no Youtube. Confira:
Episódio 1: https://www.youtube.com/watch?v=k-tb3oV8kgg
Episódio 2: https://www.youtube.com/watch?v=9dxpixVWrQQ
Episódio 3: https://www.youtube.com/watch?v=8t_WVzU2lUo
Trailer do episódio 4: https://www.youtube.com/watch?v=FCGit-7AtJs